terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Pilha Seca de Leclanché



São pilhas comuns que usamos em rádios, lanternas, relógios, brinquedos, gravadores etc., que tem como sua principal aplicação a alimentação de equipamentos portáteis e aparelhos elétricos. Consideradas as mais baratas que usamos em nosso cotidiano. [1]

As primeiras pilhas inventadas usavam recipientes contendo soluções aquosas como eletrodos. Um exemplo disso é a Pilha de Daniel que era formada por uma lâmina de zinco, mergulhada numa solução de sulfato de zinco e em outro recipiente separado, uma lâmina de cobre numa solução de sulfato de cobre. [2]
A Pilha de Leclanché foi inventada em 1866 pelo químico francês George Leclanché(1839-1882), na qual se denominou como pilha seca, pois até então só existiam pilhas que usavam soluções aquosas. [1]
Na verdade, esse tipo de pilha não é seca, o que nos leva a discordar de seu nome. Pois dentro dela há uma pasta aquosa, úmida; ou seja recebeu essa denominação para diferenciá-la,  porque era revolucionária, na época em que foi criada.
Tal pilha produz uma voltagem de apenas 1,5 V; mas pode ser melhorada com seu uso descontínuo, ou seja, alternar períodos de uso com repouso fora do produto. [3]


Constituintes:

·        Zinco (Zn) eletrodo do ânodo;
·        Grafite (carbono) eletrodo inerte de polo positivo, cátodo;
·        Mistura de dióxido de Manganês (MnO2) e Cloreto de Amônio (NH4Cl) que forma uma pasta úmida, que funciona como eletrólito;
·        MnO2 aglomerado a amônio (NH4+) reduz-se;
·        Invólucros externos. [4]


Funcionamento:

 O zinco corresponde ao polo negativo da pilha (Ânodo), pois ele se oxida, perdendo dois elétrons. O cátodo é representado por uma barra de grafite instalada no meio da pilha, envolvida por dióxido de manganês (MnO2), carvão em pó (C) e por uma pasta úmida contendo cloreto de amônio (NH4Cl), cloreto de zinco (ZnCl2) e água (H2O).
A barra de grafite conduz os elétrons perdidos pelo zinco até o manganês, ocorrendo a redução do dióxido de manganês (MnO2) a trióxido de manganês (Mn2O3).
A pasta úmida funciona como ponto salina, permitindo a migração dos ânions hidroxila (OH-) do grafite para o zinco.[5] 


Reações:

Ânodo:
Oxidação do invólucro interno de Zinco Metálico:

Zn(s)  ->2e- + Zn2 (aq)
 

Cátodo:
Redução do manganês, com ganho de 1 elétron.
Liberação de um cátion  H+ do íon amônio, sendo este último transformado em amoníaco:

2 MnO2(s) + 2 NH4+ (aq) + 2e  -> 2 Mn(HO) (s) +2 NH3 (aq)


Equação Global:
Zn(s) + 2 MnO2 (s) + 2 NH4+ (aq) -> 2 Mn(OH) (s) + 2 NH3 (aq) + Zn2+(aq)

A formação de amoníaco dificulta a passagem dos elétrons do elétrodo de carbono para o eletrólito, pois, uma vez formados, aglutinam-se à grafite- barreira. [6]





Referências 

Nenhum comentário:

Postar um comentário