Pilha Seca de Leclanché
São pilhas comuns que usamos em rádios, lanternas, relógios, brinquedos,
gravadores etc., que tem como sua principal aplicação a alimentação de
equipamentos portáteis e aparelhos elétricos. Consideradas as mais baratas que
usamos em nosso cotidiano. [1]
As primeiras pilhas inventadas usavam recipientes contendo soluções
aquosas como eletrodos. Um exemplo disso é a Pilha de Daniel que era formada
por uma lâmina de zinco, mergulhada numa solução de sulfato de zinco e em outro
recipiente separado, uma lâmina de cobre numa solução de sulfato de cobre. [2]
A Pilha de Leclanché foi inventada em 1866 pelo químico francês George
Leclanché(1839-1882), na qual se denominou como pilha seca, pois até então só
existiam pilhas que usavam soluções aquosas. [1]
Na verdade, esse tipo de pilha não é seca, o que nos leva a discordar de
seu nome. Pois dentro dela há uma pasta aquosa, úmida; ou seja recebeu essa
denominação para diferenciá-la, porque
era revolucionária, na época em que foi criada.
Tal pilha produz uma voltagem de apenas 1,5 V; mas pode ser melhorada
com seu uso descontínuo, ou seja, alternar períodos de uso com repouso fora do
produto. [3]
Constituintes:
·
Zinco (Zn) eletrodo do ânodo;
·
Grafite (carbono) eletrodo inerte de polo positivo, cátodo;
·
Mistura de dióxido de Manganês (MnO2) e Cloreto de Amônio (NH4Cl)
que forma uma pasta úmida, que funciona como eletrólito;
·
MnO2 aglomerado a amônio (NH4+)
reduz-se;
·
Invólucros externos. [4]
Funcionamento:
O zinco
corresponde ao polo negativo da pilha (Ânodo), pois ele se oxida, perdendo dois
elétrons. O cátodo é representado por uma barra de grafite instalada no meio da
pilha, envolvida por dióxido de manganês (MnO2), carvão em pó (C) e
por uma pasta úmida contendo cloreto de amônio (NH4Cl), cloreto de
zinco (ZnCl2) e água (H2O).
A barra de grafite conduz os elétrons perdidos
pelo zinco até o manganês, ocorrendo a redução do dióxido de manganês (MnO2)
a trióxido de manganês (Mn2O3).
A pasta úmida funciona como ponto salina,
permitindo a migração dos ânions hidroxila (OH-) do grafite para o
zinco.[5]
Reações:
Ânodo:
Oxidação do
invólucro interno de Zinco Metálico:
Zn(s) ->2e- + Zn2 (aq)
Cátodo:
Redução do manganês, com ganho de 1 elétron.
Liberação de um cátion H+ do íon amônio, sendo este último transformado em amoníaco:
Redução do manganês, com ganho de 1 elétron.
Liberação de um cátion H+ do íon amônio, sendo este último transformado em amoníaco:
2 MnO2(s) + 2 NH4+ (aq) + 2e -> 2 Mn(HO) (s) +2 NH3 (aq)
Equação Global:
Zn(s) + 2 MnO2 (s) + 2 NH4+ (aq) -> 2 Mn(OH) (s) + 2 NH3 (aq) + Zn2+(aq)
Zn(s) + 2 MnO2 (s) + 2 NH4+ (aq) -> 2 Mn(OH) (s) + 2 NH3 (aq) + Zn2+(aq)
A formação de amoníaco dificulta a passagem dos elétrons do elétrodo de carbono para o eletrólito, pois, uma vez formados, aglutinam-se à grafite- barreira. [6]
Referências